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Outubro 15, 2024Após 14 anos de impunidade, ocorreu na última quarta-feira (09) o julgamento de um dos envolvidos no crime de Zé Maria do Tomé, ativista ambiental brutalmente assassinado em 21 de abril de 2010, na comunidade de Tomé, em Limoeiro do Norte.
Ao mesmo tempo que acontecia o julgamento, movimentos sociais e entidades sindicais realizaram um ato político em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua. O SindJustiça Ceará prestou total apoio logístico para a realização da manifestação, que transcorreu durante todo o dia. “Colocamos a estrutura, estamos acolhendo os familiares do Zé Maria do Tomé na nossa Casa de Passagem”, comenta Roberto Eudes, coordenador-geral do sindicato.
Além do SindJustiça Ceará, representado pelo seu coordenador-geral e pelas coordenadoras jurídica, Fatinha Moreira, e de administração e finanças, Jacira Pavão, também participaram do ato alguns parlamentares cearenses: Missias do MST, Renato Roseno e Adriana Gerônimo, além da ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, o ex-parlamentar João Alfredo, representando o Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), Dom Edmilson da Cruz e os recentes candidatos a prefeito de Fortaleza Chico Malta (PCB) e Zé Batista (PSTU).
Também participaram representantes de diversas instituições e movimentos sociais, como: Comissão Direitos Humanos da OAB, Crítica Radical, Centro de Defesa da Vida, Defensoria Pública, MST, Fiocruz, Cáritas, Tramas UFC, Arquidiocese de Limoeiro do Norte, Acampamento Zé Maria do Tomé, Movimento 21, Escritório Frei Tito, Grupo de Pesquisa NATERRA – UECE, EFA, CSP Conlutas, UJC UECE, Sindicato dos Bancários, União Mulheres Cearenses (UMC), OPA. Também participaram o reitor da UECE, Idelbrando Soares, e a juíza federal Cláudia Maria.
O julgamento
Foi a júri popular somente um dos participantes no crime que ceifou a vida de Zé Maria do Tomé. O agricultor Francisco Marcos Lima Barros foi condenado a 16 anos de prisão por ter repassado ao executor do crime informações sobre localização e hábitos de Zé Maria, facilitando a emboscada para o cometimento do crime.
Caso Zé Maria do Tomé
Zé Maria do Tomé foi brutalmente assassinado em 21 de abril de 2010, com mais de vinte tiros à queima-roupa, próximo à sua casa, na comunidade de Tomé, em Limoeiro do Norte, em função de suas denúncias, sobretudo, em relação à contaminação das águas por agrotóxicos na Chapada do Apodi e a grilagem de terras de áreas públicas do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi. Desde então, seus familiares e movimentos sociais lutam por justiça.
Por jornalista Renato Freire, para SindJustiça-CE
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