Imigração nos EUA: as atrocidades por trás da deportação em massa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou seu segundo mandato com uma série de medidas rigorosas sobre deportação e isso tem sido uma das suas principais ações de governo, deportando assim uma grande escala de imigrantes ilegais. Essa operação já resultou na detenção de 538 pessoas, muitas já foram deportadas ao seu país de origem. O presidente Trump tem mantido assim, sua promessa de endurecer a política migratória para os Estados Unidos utilizando discurso que descreve imigrantes como criminosos ou selvagens. As deportações estão sendo realizadas em aviões militares e há diversas denuncias de abusos em torno desse processo, como maus tratos e agressões.

Nesse fim de semana, no Brasil, 88 brasileiros foram repatriados. Muitos denunciaram as condições desumanas durante o transporte, como uso de algemas e agressões verbais, gerando indignação. Assim, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil classificou esse tratamento como degradante e veio a exigir esclarecimentos das autoridades americanas nesse processo.

A pressão sobre o governo americano tem crescido em âmbito internacional, a Comunidade de Estados Latino – Americanos e Caribenhos (Celac) convocou reunião emergencial para discutir a situação, com a participação do Brasil. Trump, agressivamente, pressionou o governo da Colômbia, ameaçando impor tarifas econômicas, caso o país se recusasse a aceitar os deportados. Em contrapartida, o presidente colombiano, Gustavo Petro, também questionou a questão da utilização de aviões militares para transporte de deportados, contudo, mostrou disponível para receber repatriados em voos civis.

Petro disse ter sido informado que os EUA impuseram uma tarifa de 50% sobre “o fruto do nosso trabalho humano”. “Eu faço o mesmo. Que nosso povo plante o milho que foi descoberto na Colômbia e alimente o mundo”, escreveu o presidente no X e complementou: “Resisto a você”. O líder colombiano escreveu que os bloqueios impostos pelo republicano não o assustam porque “a Colômbia, além de ser o país da beleza, é o coração do mundo”.

Nesse cenário de tensão diplomática e humanitário, a polarização se reflete sobre a questão imigratória que um lado defende os direitos dos imigrantes e outros apoiando a questão das políticas de controle rígido nas fronteiras. Além do tratamento ofertado aos imigrantes deportados.