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NOTA DA METAMORFOSE COMUNICAÇÃO SOBRE O PROCESSO ELEITORAL
Setembro 29, 2022
Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino: A perpetuação da segregação palestina
Novembro 29, 2022Embora não fosse um lisboeta de nascimento, Saramago chegou jovem à cidade portuguesa que contribuiu para que ele se torna-se tudo que foi e representa.
Nascido de família pobre, se fez serralheiro e depois funcionário público. Mas foi enquanto antifascista e participante ativo das atividades de resistência, que entre 1948 e 1949, começou a traçar sua trajetória política e de escritor que estava lado a lado dos explorados e dos trabalhadores.
Em meio a publicações de livros, trabalhou como jornalista, dirigiu o Suplemento Cultural do Diário de Lisboa, filiou-se ao Partido Comunista Português (PCP) e participou ativamente do processo revolucionário de 25 de abril de 1974, quando o governo ditatorial de Portugal caiu.
Ao decorrer da carreira, a escrita de José Saramago tomou forma, ganhando um perfil com ritmo mais corrido, quase sem pontuação e que contrastava entre a crueldade e a sensibilidade. A mudança pôde ser vislumbrada no livro “Levantado do Chão”, de 1980.
O livro “Ensaio Sobre a Cegueira”, (1998), deu ao português o Prêmio Nobel e trouxe reflexões sobre tempos sombrios nos quais a humanidade vez por outra mergulha. A narrativa que conta sobre uma população que, acometida por uma epidemia de cegueira, estabelece uma corrida pela sobrevivência usando de violência e outras formas inescrupulosas.
Toda a narrativa do livro pode ser relacionada a várias situações que cercearam a liberdade da humanidade, incluindo nessa relação, o período de ditadura salazarista de Portugal, que somente terminou em 1974 com a Revolução dos Cravos.
Mesmo com todo o vasto conjunto de obras do luso escritor, em 1993, sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” foi vetada pelo Governo do Partido Social-Democrata para o Prêmio Europeu, o que fez José Saramago sair em exílio voluntário para as Ilhas Canárias, na Espanha.
Nos anos seguintes, Saramago correu o mundo participando em conferências, fóruns, seminários e debates. José Saramago falece, ainda nas terras de exílio, aos 87 anos, em 2010. Seu trabalho também foi fonte para o cinema.
Após ver a repercussão de sua escrita, tanto por alcançar em leitura um grande público, quanto por ter parte de sua obra ter alcançado o cinema quando foram adaptados para teledramaturgia.
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