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Dezembro 1, 2022As questões que envolvem a dificuldade para o fim do conflito entre Israel e Palestina após mais de 80 anos
Por Bruna Marques (texto) e Renato Freire (Arte)
No dia em que se comemora o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino (29/11), três homens foram assassinados em território ocupado por Israel perpetuando o estado de violência iniciado na década de 40.
A disputa territorial entre Palestina e Israel se iniciou com a criação do “lar nacional” para o povo israelense após o holocausto orquestrado por Adolf Hitler, quando milhões de judeus, além de homossexuais, ciganos e outras minorias, foram assassinados.
A partir desse êxodo, a disputa pelo território se acirrou e deram início a uma série de conflitos entre israelenses e palestinos.
Uma sucessão de violações dos direitos humanos e de ataques tomaram conta à medida que o colonialismo expansionista de Israel tomou proporções maiores.
Conforme a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), existem hoje mais de 6 milhões de refugiados palestinos espalhados em cerca de 59 campos que estão Jordânia, Líbano, Síria, Cisjordânia e na Faixa de Gaza e que perpetuam uma dinâmica, não só de segregação do povo palestino, mas também um sistema de castigos coletivos, assassinatos, perseguições, destruição de casas e contaminação de fontes de água.
A Palestina foi reconhecida por 138 dos 193 Estados da UNO. No entanto, ocupa o status de Estado observador. No Brasil, o reconhecimento aconteceu em 2010 durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas fez mais 700 resoluções, mas Israel não acolhe e nem respeita nenhuma das recomendações, segundo conforme Ibrahim Alzeben, embaixador da Palestina no Brasil.
Outro problema enfrentado é a quantidade de presos políticos palestinos em prisões israelenses. As penas aplicadas vão desde prisão perpétua à detenção administrativa. Crianças também tem os direitos humanos violados nas prisões de Israel e recebem penas que variam entre 6 meses e 12 meses.
Diversas entidades espalhadas por todo o mundo reforçam a necessidade do envolvimento das nações para que Israel respeite os direitos humanos e para que o fim dos conflitos seja alcançado na região.
Dentre as medidas que alguns países impõem para tentar forçar esse “acordo de paz” está o impedimento da entrada de produtos de assentamentos ilegais israelenses no Chile. O ativista dos direitos humanos, Pedro Charbel, também sugere que os governos não comprem armas e outras tecnologias israelenses, pois assim apoiam institucionalmente e financeiramente essa repressão.
Assim, os mais variados setores e países do mundo tentam contribuir para o fim do conflito diplomático, geopolítico e econômico que possui uma lista interminável de crimes contra o povo palestino.
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